Entretanto vou conhecendo os silêncios. Misturo-os em solventes universais, filtro-os em soluções e descubro-me noutra revelação de alquimias silenciosas. Todos os silêncios soam de modo diferente agora que sei que a minha noite tem o tamanho da tua.
Já conheço de cor os teus silêncios, também conheço a cor deles, assim como conheço essa tua chuva de prata. Conheço os teus apelos silenciosos e reconheço as palavras que me devolves nesse diálogo amordaçado de sentimentos.
E agora sou eu quem recusa falar, sou eu quem usa o silêncio para diminuir a distância que nos une. Vem ouvir com a tua boca o que tenho para te dizer, vem conhecer as palavras que só assim te direi.
Já conheço de cor os teus silêncios, também conheço a cor deles, assim como conheço essa tua chuva de prata. Conheço os teus apelos silenciosos e reconheço as palavras que me devolves nesse diálogo amordaçado de sentimentos.
E agora sou eu quem recusa falar, sou eu quem usa o silêncio para diminuir a distância que nos une. Vem ouvir com a tua boca o que tenho para te dizer, vem conhecer as palavras que só assim te direi.
Walter
4 comentários:
O silêncio... vale tanto! Por vezes bem mais do que mil palavras. Quando se consegue distinguir os silencios dos outros e se consegue descobrir o seu significado latente, é porque já conhecemos bem a pessoa... A ideia do silêncio diminuir a distância está muito bem conseguida... e a imagem acaba por ilustrar isso muito bem.
Abração,
Draco
Silêncio tem muitas formas, mas com certeza todo o silêncio é quebrado com um simples olhar, e os olhares contem tantas palavras que nem se torna necessário falar!
Lindo texto.
Abraços
Alguém ligue o ar-condicionado, por favor? :o>
Brincadeiras à parte, gostei muito do objetivo do silêncio nesse texto, não para separar, mas para unir. Está um "pah" de lindo, Walter!!!
Beijos e pétalas de cristal de quartzo!!!
Adoro a simplicidade complexa do teu texto... O recurso ao silêncio para pronunciar tudo o que se quer dizer...
Bjs
Jane
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