A estranheza do teu olhar sufoca-me, mas acalenta-me saber que tiro partido dele em segredo. Possuo-te por cada momento em que te envolvo nesta minha teia de enganos e de beijos venenosos com sabor de entrega. Recrio-te neste espaço que te concedi, como se te concedesse a chave da minha casa e deixasse a chave por dentro. Como se te prometesse deixar a porta encostada e te obrigasse a tocar à campainha para anunciar a tua presença no meu reduto.
Andamos há demasiado tempo nesta batalha incessante, neste silêncio cúmplice que te aconchega e que me serve... essa falta de palavras que tanto te protege como me sufoca. Desafiamo-nos mutuamente…nesse desafio desigual, que apenas de comum tem a posse embora nunca te permita possuir-me. Nunca o chegarás a saber. É como se me vestisse de nevoeiro e te permitisse guardar-me ainda que por breves e convenientes segundos. No entanto, é tão ténue a tua presença em mim, como se pintasses a aguarela e apenas tu não parecesses ver a palidez das cores.
O nosso campo de batalha está repleto dos laços de batalhas antigas… laços que entrelaçamos para que as nossas cicatrizes permaneçam… mas os meus laços são escorregadios nos teus, as cicatrizes que te infligi são mais profundas… apenas nos meus laços permanecem os nós cegos e os teus laços em mim têm demasiadas pontas soltas cuja fragilidade é gritante.
Andamos há demasiado tempo nesta batalha incessante, neste silêncio cúmplice que te aconchega e que me serve... essa falta de palavras que tanto te protege como me sufoca. Desafiamo-nos mutuamente…nesse desafio desigual, que apenas de comum tem a posse embora nunca te permita possuir-me. Nunca o chegarás a saber. É como se me vestisse de nevoeiro e te permitisse guardar-me ainda que por breves e convenientes segundos. No entanto, é tão ténue a tua presença em mim, como se pintasses a aguarela e apenas tu não parecesses ver a palidez das cores.
O nosso campo de batalha está repleto dos laços de batalhas antigas… laços que entrelaçamos para que as nossas cicatrizes permaneçam… mas os meus laços são escorregadios nos teus, as cicatrizes que te infligi são mais profundas… apenas nos meus laços permanecem os nós cegos e os teus laços em mim têm demasiadas pontas soltas cuja fragilidade é gritante.
Pumpkin, Walter, Draco & Jane
6 comentários:
"Beijos venenosos com sabor de entrega", agora que me percebi que nem sei o que é isso, hahaha! :0>
Amei a parte da diferença dos laços: um tem nós cegos e deixa marcas, o outro tem pontas soltas, e não deixa coisa alguma. Quarteto fantástico, vocês me deixaram a pensar. Eu me identifico muito com os textos do "Voas comigo?", e costumo ver nesses algo sobre a marca que uma pessoa pode deixar em outra, sempre de forma mais linda e criativa. Fico me perguntando: será que deixei nós cegos em alguém? Ou melhor, no alguém que importa pra mim? Porque às vezes tenho a sensação de que foi o contrário, de que fui eu quem deixei as pontas soltas. Gostaria de ter o poder dos nós cegos.
Beijos e rosas de cristal para vocês!!! :o*
Pois é...mais um texto escrito entre cappucinos e filmes mt interessantes (ou não)!:)
Jane...a imagem que tu arranjaste é mt bonita...mas pronto um gajo tem que pôr mãos à obra para o trabalho aparecer bem feito!hehehehehe
Agora a sério...(atentem no pormenor das reticências tum tum tum) venham mais post's destes que são a modos que "a ver se pinga"!:P
Estou muito reinadio...e aqui a P. está ao meu lado a fingir que trabalha! ahhh tum tum tum
Maravilhoso blog!Peço permição para participar! Visite o meu também, para trocarmos comentarios e amizades.
Grade Abraço
Walter, Jane, Draco e Pumpkin, passem lá no Rosa, e tragam pra cá mais um presente virtual!!!
Beijos e pétalas de cristal!!!
Impecável retrato do pecado que ao mesmo tempo que é roubado é cativado, amarrado e largado com fios soltos prestes a serem religados...
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