quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Rosa...
Não me voltes a oferecer rosas vermelhas, pois acabo sempre por me magoar nos espinhos que me invadem a pele e se disfarçam na perfeita convenção do amor. Não me voltes a oferecer rosas porque as tuas são envoltas em arame farpado e tu insistes em regar o pé da roseira com o sangue que brota das minhas feridas.
Não me voltes a oferecer rosas embrulhadas em sorrisos venenosos e falsas entregas. Eu nem sequer gosto de rosas vermelhas, estranho não é? Logo eu que tenho o vermelho como cor preferida. Não me dês mais rosas vermelhas, oferece-me antes uma rosa negra, esse negro aveludado da cor das sombras.
Vou surpreender-te e da próxima vez serei eu a oferecer-te flores, vou entrar no teu jogo e vou oferecer-te uma rosa tatuada de intenções e quando for a tua vez de sangrar, arrancarei as pétalas uma a uma e vou disfarçar um sorriso vitorioso quando os meus espinhos rasgarem a tua pele. Sempre gostaste de rosas, porque não aproveitar-me das tuas fraquezas? As regras acabaram de se tornar iguais.
Walter
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5 comentários:
:) Gostei do texto! Uma "machadada final" em grande, mas de facto, porque não aproveitar as fraquezas do outro?
Hugz
Draco
Como sempre as imagens são o sinónimos das tuas palavras. Já pensaste como deve ser fácil para outra pessoa realizar o filme (verdadeiro lol) do que escreves? Com luzes, camara, acção? :P
As rosas negras são mesmo muito mais belas...
Tinha que voltar a ruindade em pessoa. Mas parece que isto se pega...desde quando o menino Draco se tornou vingativo e mauzão? hah
Bjinhos para os dois meninos :)
Jane
e essa hora
é quando tudo dói.
lindo texto. já estás "linkado" no meu blog.
:))
gosto deste texto, sobretudo da complexidade dos espinhos. gosto dos segredos que aqui moram.
sabes, haverão sempre sinónimos para metáforas tristes.
é um prazer ler-te.
Sem duvida, genial.
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