Ao longe um corredor escuro e deserto. Várias portas o complementam. Um candeeiro com uma lâmpada fundida preenche o cenário, aquele onde me encontro subjugado. Carrego no interruptor da luz na esperança de conseguir algum resultado. Engano meu!
Sinto um arrepio, depois outro. O escuro nunca foi a minha predilecção e conviver com ele não me traz nada de bom. Só há uma saída. Seleccionar algumas portas.
Chego à primeira porta. Tremo. Suo. Desloco a minha mão na direcção da maçaneta e, paulatinamente, tento movê-la. O mesmo comportamento é efectuado para mais algumas portas, porém, em vão. A sensação aterrorizadora eleva-se a cada segundo que passo naquele corredor. A cada tentativa de abrir as portas. A cada sinal de que não gosto deste local.
Ao fundo do corredor ouço uma porta fechar-se. Corro na sua direcção mas não a consigo abrir. Espreito pela fechadura mas o escuro impede-me de ver. Tento mais uma vez. O meu olhar fita o teu e de repente corro para uma das outras portas. Abro-a e entro.
Não fizeste por menos. As portas “proibidas” correspondiam a cada um dos meus medos. Fui obrigado a confrontá-los desde o momento em que me deparei com o corredor. O tal corredor, escuro e deserto.
Sinto um arrepio, depois outro. O escuro nunca foi a minha predilecção e conviver com ele não me traz nada de bom. Só há uma saída. Seleccionar algumas portas.
Chego à primeira porta. Tremo. Suo. Desloco a minha mão na direcção da maçaneta e, paulatinamente, tento movê-la. O mesmo comportamento é efectuado para mais algumas portas, porém, em vão. A sensação aterrorizadora eleva-se a cada segundo que passo naquele corredor. A cada tentativa de abrir as portas. A cada sinal de que não gosto deste local.
Ao fundo do corredor ouço uma porta fechar-se. Corro na sua direcção mas não a consigo abrir. Espreito pela fechadura mas o escuro impede-me de ver. Tento mais uma vez. O meu olhar fita o teu e de repente corro para uma das outras portas. Abro-a e entro.
Não fizeste por menos. As portas “proibidas” correspondiam a cada um dos meus medos. Fui obrigado a confrontá-los desde o momento em que me deparei com o corredor. O tal corredor, escuro e deserto.
Draco
5 comentários:
Gostei da analogia do corredor com a antecâmara da nossa exposição aos medos...quase que senti o arrepio e quase que ouvi os ruídos daquilo que se esconde atrás das minhas portas!
De facto, um texto mt bom e a imagem é a cereja no topo do bolo!:)
abraço
walter
Adorei o texto, msm! Gosto deste novo estilo :)
Apesar de teres de te confrontar com os teus medos, num corredor escuro, onde muitas portas parecem apenas servir de fachada, haverá sempre algumas seguras de que facilmente se abrirão :)
e como tu mesmo um dia disseste: há sempre uma luz ao fundo do túnel, neste caso haverá um interruptor algures nesse mesmo corredor que fará com que uma luz se acenda, por mais pequena que seja :)
Bjinhos
Jane
Eu acho que também cabe a outra parte acender algumas luzes e quebrar alguns medos. Não digo que se deve facilitar a entrada de todas as portas, mas pelo menos oferecer opções de chaves...e acender algumas luzes, para que o corredor não pareça tão sombrio e escuro.
O Walter gosta de "maltratar", e o Draco gosta de "ser maltratado", hahahaha...Tb gostei desse estilo!
Beijocas doces cristalizadas!!! ;o*
Tal como as portas do corredor, os medos devem ser enfrentados. É abrindo as portas que caminhamos para a felicidade plena, sem medos, na direcção da luz. O corredor, mesmo com uma lâmpada fundida, será um caminho iluminado que poderás atravessar alegremente.
Ficcino
vegeto. nesta cadeira morbida preta
nesta sala de enfermidade extrema
vegeto. olhando paredes que caem
sobre os dias que se abatem
nas sombras perdidas que contemplo
no castelo assombrado da minha fantasia
sou restos daquilo que foi certo dia
impaciente solta-se o vento
na espessura sombria. os meus cabelos
nas promessas presas. olhos de cristal
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