Secretamente o meu calendário vem contando os dias para o teu aniversário. A prenda há muito que se encontra embrulhada, esperando, com ânsia, que no dia em que a desembrulhes eu renasça de novo. Planeie cada pormenor, cuidei de cada pequeno detalhe, cada cor, cada textura, cada som, cada toque, cada melodia. Nada foi deixado ao acaso.
Com o meu melhor sorriso, dirijo-me a ti, que me esperas expectante por descobrir e abrir o mistério que tanto cuidado tive em guardar. Entrego-te em mãos o teu presente. Beijo-te uma última vez. Sussurro-te ao ouvido o que este ano não gravei num cartão, como aqueles que fazia acompanhar com todas as outras prendas: “Hoje presenteio-te com o que mais desejas, com tudo o que mais me pediste. Feliz Aniversário!”
Viro-te costas antes mesmo de poderes abrir a prenda que depositei nas tuas mãos. Percebeste nesse preciso momento o mistério e o significado que a minha prenda encerrava. Atrás de mim, acompanhando os meus passos, ecoa apenas o som do papel a ser rasgado, o som de uma corda a rodar, a rodar, a rodar… No preciso momento em que a porta se fecha entre nós, ouve-se já distante, o som de uma música que nos acompanhou e que cuja melodia tem servido de compasso aos teus pedidos, aos teus desejos, às tuas vontades, às tuas exigências…
Hoje presenteio-te com uma caixa de música… com a TUA música, com as TUAS melodias, com as TUAS cores, forrada com as TUAS texturas. No centro uma imagem minha, a de uma bailarina que espelha a sua imagem num espelho, que dança confinada à corda que lhe dás, ao som da música que impões, aos movimentos que tanto coreografaste… unicamente uma representação da mulher que até hoje fui para ti, uma criação tua. Presenteio-te com uma caixa de música que encerra tudo o que querias que tivesse continuado a ser para ti.
Com o meu melhor sorriso, dirijo-me a ti, que me esperas expectante por descobrir e abrir o mistério que tanto cuidado tive em guardar. Entrego-te em mãos o teu presente. Beijo-te uma última vez. Sussurro-te ao ouvido o que este ano não gravei num cartão, como aqueles que fazia acompanhar com todas as outras prendas: “Hoje presenteio-te com o que mais desejas, com tudo o que mais me pediste. Feliz Aniversário!”
Viro-te costas antes mesmo de poderes abrir a prenda que depositei nas tuas mãos. Percebeste nesse preciso momento o mistério e o significado que a minha prenda encerrava. Atrás de mim, acompanhando os meus passos, ecoa apenas o som do papel a ser rasgado, o som de uma corda a rodar, a rodar, a rodar… No preciso momento em que a porta se fecha entre nós, ouve-se já distante, o som de uma música que nos acompanhou e que cuja melodia tem servido de compasso aos teus pedidos, aos teus desejos, às tuas vontades, às tuas exigências…
Hoje presenteio-te com uma caixa de música… com a TUA música, com as TUAS melodias, com as TUAS cores, forrada com as TUAS texturas. No centro uma imagem minha, a de uma bailarina que espelha a sua imagem num espelho, que dança confinada à corda que lhe dás, ao som da música que impões, aos movimentos que tanto coreografaste… unicamente uma representação da mulher que até hoje fui para ti, uma criação tua. Presenteio-te com uma caixa de música que encerra tudo o que querias que tivesse continuado a ser para ti.
Jane
3 comentários:
Depois de tanto tempo sem escrever, eis que surge um texto em GRANDE! Gostei muito mesmo...
Já estava com saudades de ler os teus posts..
Beijos
Draco
Valeu a pena a espera...o texto é simplesmente belo!
bj
walter (em mamma mia mood)
Que belo e significativo presente que se descobre durante a suspensão das palavras e dos gestos narrados/descritos!
Enviar um comentário