terça-feira, 8 de julho de 2008

badalada...


Ao longe ecoa o som de uma badalada! Sou, então, invadido por um misto de emoções, as quais cravam em mim marcas que outrora te pertenceram. Aquelas marcas que pretendes dar a conhecer sem, no entanto, seres tu a demonstrá-las.. Raiva, intolerância, frieza, jogaram no lado oposto da minha ternura e sinceridade, até agora! Sempre jogámos de pontos opostos... Envolvemo-nos em jogos de sedução, mas até nesses tu tentaste manipular-me. Tinhas que vencer, não perdoavas!

Novamente o som de uma badalada.. A derradeira! O toque final para anunciara tua vitória enquanto jogadora, mas derrota enquanto ser humano.

Draco


8 comentários:

Walter disse...

Em primeiro lugar, deixa-me dizer-te que a imagem é mesmo mt mt mt boa!:)
O texto, embora simples, traduz na perfeição a desigualdade de atitudes nos meandros do amor.
abraço
walter

Sine disse...

já há algum tempo que não passava pelo vosso blog...
tenho tentado escrever um texto com o conteúdo do teu, mas não tenho consigo alcançar o que quero verdadeiramente exprimir. o teu texto disse-o por mim.
como o walter diz, há desigualdades no amor, mas também há palavras por dizer, mentiras, desconfianças, dor, ... a tal disputa (a famosa assimetria!)... não só no amor, mas tb na amizade!
como alguém disse, não trates como prioridade quem te trata como opção!
parabéns pelo texto!

Sine

Camareira disse...

Que palavras tão verdadeiras. E escritas de uma forma tão eficazmente esclarecoedora.

Beijos

Amor amor disse...

E se é um perdedor enquanto ser humano, tb somos perdedores no amor. Quem "joga" assim, faz com que todos saiam perdendo...

Beijocas doces cristalizados!!! :o*

Paulo disse...

«somos apenas esboços... rascunhos»

«Sou, então, invadido por um misto de emoções, as quais cravam em mim marcas que outrora te pertenceram.»

«Raiva, intolerância, frieza, jogaram no lado oposto da minha ternura e sinceridade, até agora! Sempre jogámos de pontos opostos...»

A "roleta russa" a que entregamos sentimentos, intimidades, bocados de nós, nem sempre orientada pela sorte. As "lavas", resultantes dos vulcões, nem sempre se ancoram no local que lhes destinamos...
Os antagonismos, paradoxos, e irregulares nexos de causalidade nem sempre deslizam pelas "linhas rectas" que, previamente, lhes traçamos...
Depois há que remediar, apressadamente, os estragos dos itinerários, pejados de labirintos, não previstos...
E..., nessa pressa, ficam sempre vestígios (raiva, intolerância...) da inquinada caminhada que prevaleceu.
Depois é tarde...pois o tempo tudo submergiu..sem dó nem piedade.
Ter forças para começar de novo é, raramente, ainda assim, o "milagre". Mas, este, ou tarde ou nem sempre é realizável..logo a fé - que transporta montanhas - também ela é submergida pelo fogo do "inferno" que passa a incendiar o quotidiano onde, já sem brilho, nos passamos a mover.
Abraço
Paulo

Eli disse...

Falamos para um sujeito poético... acabaremos por ter respostas?!

:)

ruth ministro disse...

Gostei.

Muito bom.

Mãozinhas disse...

Hum..Outra badalada..Está na hora de partir..de deixar os jogos onde não pertencemos..
Gostei do tic-tac...

Beijo

Anelar