Sentada no banco do jardim inventava memórias de momentos a dois, recriando-as em todas as palavras, juntando-lhe aromas e sonoridades. E se hoje são de café e do bater das chuvas nas vidraças, amanhã jurará a pés juntos que são certamente de orquídeas e de violinos.
Recorda todos os lugares que não visitou, recorda o por-de-sol em Viena que, segundo ela, se assemelha tanto ao que vê da sua janela. Assegura que os jardins de Paris são eternos e que os candeeiros nas ruas se acendem e apagam consoante a sua vontade. Diz ela a quem passa que ainda reconhece o som dos passos dele na calçada, um a um como se de uma sonata de encontros se tratasse.
Sentada no banco do jardim ela recorda-se dele, de todos os seus rostos e do modo como ele a embriagava em promessas futuras. Recorda o tempos dos afectos que apenas existem encerrados em si enquanto este dia durar, porque as suas memórias são apenas fugazes. Sentada no banco de jardim inventa memórias e ninguém a quer ouvir. Ninguém quer ouvir a insana e pactuar com a sua loucura. Sentada nesse mesmo banco de jardim inventa memórias de tempos idos, inventa sentimentos correspondidos e é feliz.
Walter
Recorda todos os lugares que não visitou, recorda o por-de-sol em Viena que, segundo ela, se assemelha tanto ao que vê da sua janela. Assegura que os jardins de Paris são eternos e que os candeeiros nas ruas se acendem e apagam consoante a sua vontade. Diz ela a quem passa que ainda reconhece o som dos passos dele na calçada, um a um como se de uma sonata de encontros se tratasse.
Sentada no banco do jardim ela recorda-se dele, de todos os seus rostos e do modo como ele a embriagava em promessas futuras. Recorda o tempos dos afectos que apenas existem encerrados em si enquanto este dia durar, porque as suas memórias são apenas fugazes. Sentada no banco de jardim inventa memórias e ninguém a quer ouvir. Ninguém quer ouvir a insana e pactuar com a sua loucura. Sentada nesse mesmo banco de jardim inventa memórias de tempos idos, inventa sentimentos correspondidos e é feliz.
Walter
7 comentários:
Às vezes faz bem ter memórias dessas... desde que não se esqueça da realidade... e das verdadeiras memórias...
Gostei de ler...
Quando não somos correspondidos, viramos mesmo loucos incompreendidos, porque buscamos maneiras alternativas de alcançar a felicidade. Somos considerados loucos, justamente porque nossas maneiras alternativas são invisíveis, e moram apenas na doce terra da imaginação, que vaga incerta por trás de nossos olhos...
Beijos doces cristalizados, Walter!!! :o*
Mais um magnifico post.
Por mais repetitivo que possa parecer digo novamente que escreves muito bem .
( que mais posso dizer ? )
=)
Quantos de nós não teremos sido embriagados com promessas? E quantos outros já não teremos embriagado? Estamos todos juntos nesta bebedeira... Ou na ressaca da mesma. Apreciei a expressão. Só agora conheci este teu novo espaço. Ainda bem que pudeste comentar. Permitiu-me chegar até aqui. É um prazer tornar a ler-te Walter. Obrigado. Também eu te saúdo pela visita, pelos comentários e pelos textos. Acima de tudo pelo "reencontro". É sempre um prazer.
Um abraço.
no fundo tem saudades do passado, mas também futuro, como diz a música... :) Tão bonito! Beijinho.
lindissimo...
"Sentada no banco do jardim ela recorda-se dele, de todos os seus rostos e do modo como ele a embriagava em promessas futuras. Recorda o tempos dos afectos que apenas existem encerrados em si enquanto este dia durar, porque as suas memórias são apenas fugazes"
adorei os teus textos.
parabéns.
olá walter!
adoro voar por aqui pois encontro-me nas tuas palavras.
abraço.
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