terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ampulheta...


Viraste a ampulheta. A areia que a incorpora começou, lentamente, a cair para o lado oposto. Aos poucos, os grãos de areia começaram a sobrepor-se uns aos outros numa luta desenfreada, tal como nós! Podíamos permitir-nos um toque suave, um beijo quente, um abraço apertado, assim como a areia podia unir-se, somente, para contar o tempo…

Os grãos de areia continuam a acumular-se no fundo da ampulheta! Tornas a virá-la numa tentativa de ganhares tempo… esqueces, porém, que o caminho que traçámos não retorna e que o tempo continua a correr!

O tempo deixou marcas que dificilmente apagarei de dentro de mim, ao contrário de ti que foste riscada da vida que outrora partilhei contigo…
Draco

6 comentários:

Esquissos disse...

ADOREI!mesmo!
A descrição ainda que em metáfora parece que a conseguimos vizualisar a nossa frente :) e a imagem fantástica...
Obrigada por continuares a escrever :)

Bjinhos com mts saudades
Jane

Walter disse...

Sinceramente eu adorei o texto, adorei a imagem e sobretudo o final!sublime!
és grande e tás quase em marrocos, por isso é que foste buscar a areia??heheheh
abraçao

Camareira disse...

Muito belo, e o tempo cura tudo, ou pelo menos cicatriza.

Beijos Ardentes

Amor amor disse...

E por que essa gente cisma em virar a ampulheta quando tudo está perfeito? Se está perfeito, deixa que o tempo cuide do resto...

Maravilha, Draco!

Beijinhos doces cristalizados!!! :o*

ruth ministro disse...

Uma imagem muito bem criada em palavras. Gostei :)

Beijo

Roberto Celestino disse...

Gostei muito.Tenho um blog onde publico minhas poesias com temas evangelisticos, e uma delas chama-se O Tempo,quero te pedir permissão para usar essa imagem no referido poema.Por favor diga sim ou não.Obrigado.