terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ampulheta...


Viraste a ampulheta. A areia que a incorpora começou, lentamente, a cair para o lado oposto. Aos poucos, os grãos de areia começaram a sobrepor-se uns aos outros numa luta desenfreada, tal como nós! Podíamos permitir-nos um toque suave, um beijo quente, um abraço apertado, assim como a areia podia unir-se, somente, para contar o tempo…

Os grãos de areia continuam a acumular-se no fundo da ampulheta! Tornas a virá-la numa tentativa de ganhares tempo… esqueces, porém, que o caminho que traçámos não retorna e que o tempo continua a correr!

O tempo deixou marcas que dificilmente apagarei de dentro de mim, ao contrário de ti que foste riscada da vida que outrora partilhei contigo…
Draco