terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Armadilha...


Surgem dúvidas. Foram tantas as vezes que questionei o que me prendia a ti. Tentei ocultar o significado subjacente às tuas palavras, ao teu toque, à tua imagem. Recusei sentir a corda que me colocaste no pescoço e a venda com que me cobriste os olhos. Era tão mais fácil para ti se assim fosse. Entrei no teu jogo subtil onde só tu ditavas as regras e onde apenas me restava a submissão. Assumiste o teu papel. Encarnaste-o como conseguiste, esquecendo-te, porém, que a tua actuação não passava disso mesmo, de um papel que representavas. Sem notares pisaste o chão que armadilhavas. Caíste no jogo que alimentaste.
As coisas mudaram. Agora quem dita as regras sou eu! E eis que te dou a conhecer a primeira. Quero-te longe!



Draco

4 comentários:

Esquissos disse...

os teus textos ultrapassam-se na sua sucessão...O último destrona o anterior :)
Muito bom

Bjs
Jane

Amor amor disse...

Estás determinado, hein, menino? Olha, a decisão tem que ser essa mesmo, porque quem aguenta fazer as vontades somento do outro, e sempre do outro? Temos nossas próprias vozes, e a primeira pessoa que deveria levá-la em consideração é quem nos ama (se ama, realmente...). E outra coisa: a pessoa que vive atuando, um dia esquece as falas, e as máscaras caem...
Draco, como sempre, poderosíssimo com as palavras, beijos doces cristalizados pra ti!!!

Anónimo disse...

Gostei. Posso voltar? Prazer.

http://me-and-my-heartbeats.blogspot.com/

Walter disse...

Ao contrário da Jane (antes do disfarce), eu não acho que este texto supere o anterior...mas destaco a força e a pujança com que o terminas!Haja determinação...e essa é uma das tuas qualidades!
abração
Walter (Devil in red)