sábado, 5 de janeiro de 2008

Corda...


Amarro-te a mim… com uma corda dou um nó em cada um dos teus pulsos e, posteriormente, nos dois! Depois, faço o mesmo comigo… Sei que não sentes o mesmo que eu, sei que livremente não o farias e assim tenho a certeza que estás bem presa a mim…

Presenteio-te com o que de melhor tenho… Embora saiba que não sou para ti o que és para mim! Mais uma vez recorro à força para conseguir o que quero, mais uma vez consigo! Novamente sinto prazer, reiteradamente te vejo insatisfeita e com um olhar que apenas me transmite raiva, frustração e acima de tudo nojo, mais uma vez... Sei que se pudesses me repelias… Vejo-o, sinto-o (des)colorido na forma como me contemplas…

Entramos então num jogo do rato e do gato em que estou em vantagem! Esqueço-me de ti… Só penso em mim… és pouco mais do que alguns ossos articulados com os quais brinco, desmonto e volto a montar à minha maneira, construindo assim alguém que desejo, mas não tendo em consideração que tal como eu, também sentes!

É triste e deveras chocante como no fim… a corda acaba sempre por partir para o lado mais fraco!
Draco

2 comentários:

Walter disse...

Mesmo que a corda seja cortada, existem sempre duas pontas que se podem unir através de um nó, porém, por vezes ha pontas que não voltam a ser atadas!
Gostei do texto!
abraço
walter

Sine disse...

exactamente pelo que tu disseste ... é que não nos devemos amarrar!

gostei mto!

jokas